Parlamentares da comissão
especial que analisa as medidas anticorrupção apresentadas pelo Ministério
Público ao Congresso já articulam mudanças em pelo menos quatro pontos centrais
do pacote - a criminalização do caixa 2, o aumento da pena para corrupção, a
possibilidade de que provas ilícitas sejam consideradas válidas se forem
colhidas de boa-fé e a hipótese de prisão preventiva para a recuperação de
recursos desviados.
Deputados têm discutido o tema em encontros reservados com
advogados. Eles resistem a expor publicamente o desconforto com as medidas, já
que o projeto chegou à Câmara com o apoio de 2 milhões de assinaturas,
recrutado por representantes da força-tarefa da Lava Jato e respaldado pelo
juiz Sérgio Moro.