Fonte: jornal O Estado/Ce
O cantor e compositor
cearense Belchior morreu no sábado (29) em Santa Cruz do Rio Grande do Sul, aos 70 anos.
Familiares do artista comunicaram ao governo do Ceará, que, em nota, decretou
luto oficial de três dias no Estado.
Nascido em Sobral, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle
Fernandes tomou gostou pela música através do estudo na escola e do contato com
a cultura popular, nas ruas da cidade do interior. Aluno brilhante e leitor
voraz de literatura (devorou cedo “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri), já
em Fortaleza fez amigos como o compositor Fausto Nilo e estudou medicina. No
entanto, optou por fazer carreira como cantor e compositor. Entre 1965 e 1970,
tentou a sorte em festivais estudantis e tornou-se apresentador de um programa
musical na TV local, em Fortaleza.
Nas últimas duas décadas, mesmo sem lançar discos, tornou-se objeto de culto e viu trabalhos como o álbum “Alucinação”, de 1976, serem aclamados como obras fundamentais da MPB.
Nas últimas duas décadas, mesmo sem lançar discos, tornou-se objeto de culto e viu trabalhos como o álbum “Alucinação”, de 1976, serem aclamados como obras fundamentais da MPB.
Até o começo dos anos 80,
Belchior viveu o auge de sua popularidade, culminando com o pop deslavado de
“Medo de Avião”, incluído em “Era uma vez o homem e seu tempo”, álbum de 1979.
O corpo do cantor Belchior está sendo
velado no teatro São João no centro de Sobral até por volta das 11h30 e depois
segue para Fortaleza onde vai ser sepultado