O diretor da JBS Ricardo Saud contou
em sua delação premiada que a empresa distribuiu propinas por atacado no meio
político brasileiro, detalhando os nomes de centenas beneficiários. Em
depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República (PGR), ele revelou que
1.829 candidatos, de 28 partidos das mais variadas colorações, receberam
dinheiro do grupo controlado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista.
As doações ilícitas foram de quase R$
600 milhões. O grosso dos recursos, segundo ao delator, foi destinado aos
candidatos em troca de contrapartidas no setor público. "Tirando esses R$
10, R$ 15 milhões aqui, o resto tudo é propina. Tudo tem ato de ofício, tudo
tem promessa, tudo tem alguma coisa", relatou.