A prisão diminuiu o
apoio do eleitorado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aumentou a
desconfiança sobre a viabilidade de sua candidatura presidencial e manteve
indefinida a disputa pelo seu espólio eleitoral, de acordo com o Datafolha.
Pesquisa nacional realizada pelo instituto na
semana passada aponta o líder petista com 31% das intenções de voto no cenário
mais favorável entre nove pesquisados.
Nos cenários com Lula
fora do páreo, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) e a ex-senadora Marina Silva
(Rede) aparecem empatados na liderança. Ele tem 17% das intenções de voto, e
ela oscila entre 15% e 16%.
O ex-ministro Ciro Gomes
(PDT) alcança 9% em todos os cenários sem Lula, empatado com o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSDB), que varia de 7% a 8%, e o ex-presidente do Supremo
Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que entrou no PSB, mas ainda não se lançou
candidato. Barbosa oscila entre 9 e 10%.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece com 2% e o
ex-governador da Bahia Jaques Wagner tem 1%. Os dois candidatos de esquerda que
ficaram ao lado de Lula nas horas que antecederam sua prisão têm resultados
parecidos. Manuela D’Ávila (PC do B) atinge no máximo 2% e Guilherme Boulos
(PSOL) chega a 1%.
O presidente Michel Temer
(MDB), que acena com a possibilidade de concorrer à reeleição, alcança 2% das
intenções de voto. O ex-ministro Henrique Meirelles, que entrou no MDB e também
tem aspirações presidenciais, não passa de 1%.
A nova pesquisa foi
feita entre quarta (11) e sexta-feira (13). Foram realizadas 4.194 entrevistas
em 227 municípios.
A margem de erro da
pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.