quarta-feira, 3 de outubro de 2018

PRESENTES NO 52º CONGRESSO BRASILEIRO DE PATOLOGIA CLÍNICA E MEDICINA LABORATORIAL APLAUDIRAM DE PÉ A APRESENTAÇÃO DO COORDENADOR DA LAVA-JATO EM CURITIBA DELTAN DALLAGNOL

Fonte: oficinademidia.com.br (Maurício Santini)



Resultado de imagem para 52º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial

O público que esteve no último debate do 52º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial aplaudiu de pé a apresentação do  procurador da República e coordenador da Operação Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.

O procurador não fez menção a nenhum partido político, mas apresentou os  números de agentes envolvidos em propinas e acordos escusos: 415 políticos e 26 partidos. Segundo ele, o montante recolhido em atividades corruptas recheou o bolso dos envolvidos, além de servir ao financiamento  de campanhas eleitorais.

De acordo com Dellagnol, um dos legados da Operação Lava Jato é combater o sofrimento das pessoas, já que este dinheiro desviado certamente seria voltado à saúde, ao saneamento básico, à segurança e à educação.  Na opinião do procurador, a Lava Jato faz o "diagnóstico", mas o "tratamento" costuma não vir.

Dellagnol também destacou a derrota de um documento elaborado por parte da população, As dez medidas contra a corrupção, e que o Congresso Nacional, aproveitando do momento da dor da tragédia provocada pelo acidente do avião da Chapecoense, triturou. “A Lava Jato não tem heróis. Contudo, pode ser que a gente ganhe ou perca, mas o importante é lutar. Será preciso que a sociedade deixe de lado o vitimismo e arregace as mangas para escrever a biografia da nossa história”, disse. Segundo ele, há atitudes desanimadoras como, por exemplo, a libertação de alguns políticos envolvidos com corrupção pelas mãos de alguns juízes.

A campanha “Unidos contra a Corrupção”, com a presença de diversos políticos fichas limpas e especialistas de instituições idôneas, foi divulgada por Dallagnol como uma ferramenta de combate à corrupção. “Mas, é preciso levar em conta três quesitos importantes: passado limpo, tendência à democracia e compromisso contra a corrupção”, reiterou.

No fim de sua apresentação, Deltan Dellagnol conclamou os presentes a promoverem um exercício doloroso: “pensem na pessoa que vocês mais amam. Se ela estiver com uma doença terminal, o que vocês fariam por ela? Façam isso pelo Brasil”, concluiu.