Um projeto de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) conseguiu
diminuir em 86% a quantidade de mosquitos Aedes aegytpi nos locais onde foi aplicado, usando um aliado
improvável: o próprio mosquito.
Os pesquisadores definiram uma área de 1,5 mil
casas e colocaram armadilhas com água parada em 10% delas. Mas os potinhos com
água, que para o mosquito podem parecer um ótimo criadouro, na verdade,
escondiam larvicida na borda. O professor da UnB, Rodrigo Gonçalves, que
chefiou a pesquisa no DF, explica que o veneno não mata os insetos adultos, mas
basta que uma pequena quantidade caia na água para que larvas não se
desenvolvam.
“O mosquito vem para um pote com água que tem um pano preto contendo o
pó, que é o PPF [larvicida] e ele se contamina depois voa para outros criadores
e deposita a substância nesses outros criadouros inibindo o desenvolvimento das
larvas.”