Para quem não entende como serão eleitos os vereadores para as Câmaras Municipais, basta seguir o roteiro e fazer as contas.
Confira!
4.
Quociente eleitoral
Em uma
eleição proporcional, o eleitor vota, antes de tudo, no partido. E para
determinar quantas cadeiras cada partido terá, é feito o cálculo do quociente
eleitoral. Nele, é dividido o total de votos válidos pelo número de cadeiras da
Câmara Municipal de cada cidade.
Exemplo:
Se foram 100 mil votos válidos na Cidade A e na Câmara Municipal existem dez
vagas para eleitor, o quociente eleitoral será 10.000 votos.
5.
Quociente partidário
Então,
quantas cadeiras cada partido vai ter? Para saber isso, é preciso determinar o
quociente partidário. Nele, o número de votos de cada partido (votos de legenda
+ votos nominais) é dividido pelo quociente eleitoral. Qualquer casa decimal
deve ser desprezada no resultado.
Exemplo:
Voltemos a Cidade A. Nela, três partidos concorrem às eleições para vereador:
Partido Fogo, Partido Água e Partido Terra. (Podemos usar ícone) O Partido Fogo
teve 40 mil votos, o Água teve 35 mil votos e o Terra teve apenas 15 mil votos.
Dividindo cada um desses números pelo quociente eleitoral de 10 mil votos,
temos o resultado:
Partido
Fogo: 4 vereadores
Partido
Água: 3 vereadores
Partido
Terra: 1 vereador
6. E
as vagas que sobram?
Nem sempre,
a divisão das cadeiras a partir do quociente partidário resulta em um número
fechado, deixando vagas não preenchidas. Para saber quem fica com as cadeiras
restantes é feito o “cálculo das sobras”. Esse é um pouco mais complicado.
Desta vez, divide-se o total de votos do partido pelo número de cadeiras que a
legenda já conquistou mais um. Quem obtiver a maior média, conquista a vaga.
Exemplo: Na Câmara Municipal da cidade fictícia A, oito cadeiras já foram
ocupadas pelos três partidos. Portanto, são duas vagas ainda na disputa. Para
determinar quem fica com a primeira cadeira, vamos às divisões:
Vaga
1
Partido
Fogo: 40 mil dividido por 5 (4 vagas já conquistadas + 1) = Média de 8
mil
Partido
Água: 35 mil dividido por 4 (3 vagas conquistadas + 1) = Média de 8.750
Partido
Terra: 15 mil dividido por 2 (1 vaga conquistada + 1) = Média de 7.500
Portanto,
o Partido Água conquista a primeira vaga de sobra, somando quatro vereadores
eleitos. Para saber quem ficará com a segunda vaga que sobrou, o cálculo é
refeito a partir do novo número de vagas de cada partido.
Vaga
2
Partido
Fogo: 40 mil dividido por 5 (4 vagas já conquistadas + 1) = Média de 8
mil
Partido
Água: 35 mil dividido por 5 (4 vagas conquistadas + 1) = Média de 7 mil
Partido
Terra: 15 mil dividido por 2 (1 vaga conquistada + 1) = Média de 7.500
Portanto,
o Partido Fogo conquista a segunda vaga de sobra, somando cinco vereadores
eleitos. A Câmara Municipal da Cidade A fica assim: Partido Fogo: 5 vereadores,
Partido Água: 4 vereadores, Partido Terra: 1 vereador
7.
Existe mínimo de votos?
Na eleição
para prefeitos, não existe mínimo de votos para os prefeitos serem eleitos,
desde que haja pelo menos um voto válido. É necessário apenas que o candidato
tenha conquistado mais de 50% de votos válidos. Já na disputa para vereador,
foi estabelecido que, para ser eleito, o candidato precisa ter obtido, pelo
menos, 10% do quociente eleitoral. Portanto, se o quociente eleitoral é de 10
mil votos, o candidato precisa ter tirado pelo menos 1 mil votos para poder
ocupar a cadeira na Câmara.