Fovonte: cearanews7 via Folha de São Paulo
Ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado
Um
dos principais colunistas políticos do País, Reinaldo Azevedo, faz uma crítica
ácida ao comportamento do ex-presidente da Transpetro, o ex-senador Sérgio
Machado, delator da operação Lava Jato. O cearense teria
transformado sua família numa verdadeira quadrilha. Agora, terá que devolver
aos cofres brasileiros, em pagamento de multa, cerca de R$ 75 milhões.
Em seu artigo,
publicado na edição de ontem da Folha de São Paulo, o colunista Reinaldo
Azevedo diz que Machado, “exportou um braço do seu clã, um filho, para fazer
safadeza lá fora. Roubava para partidos e roubava para si mesmo”.
Expedito
Machado, filho de Sérgio, revelou na relação de bens apresentada à
Justiça, uma empresa em paraíso fiscal no valor de US$ 2,27 milhões, mantida
pelo Banco UBS Deutschland AG. Listou, ao menos, outras quatro. Elas ficam nas
Ilhas Virgens Britânicas e, juntas, as cinco totalizam cerca de 3,8 milhões de
libras, ou R$ 18,8 milhões no câmbio de hoje.
Da
multa de R$ 75 milhões, a maior parte será paga com recursos de Expedito. Uma
parcela menor, de R$ 27,7 milhões, será garantida por outro filho do
ex-presidente da Transpetro, Sérgio Firmeza Machado.
Os
documentos entregues à Justiça brasileira pela família, como parte do acordo de
delação premiada, incluem as declarações de imposto de renda de Machado e de
seus três filhos. O mais rico deles é Sérgio Firmeza Machado, que declarou ter
recebido R$ 48,4 milhões em rendimentos tributáveis no ano passado, e um
patrimônio de R$ 139 milhões.
Em mais uma tentativa de
fechar um acordo de delação premiada, o operador do mensalão Marcos Valério
entregou na semana passada ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais uma
proposta de colaboração para revelar novos detalhes sobre os escândalos do
mensalão do PSDB e do PT. O advogado Jean Robert Kobayashi Júnior, escalado
para negociar a proposta, afirma que Valério deve entregar cerca de 20 nomes,
incluindo parlamentares com foro privilegiado de diversos partidos, e nomes
envolvidos nos escândalos investigados na Lava Jato, a quem a defesa de Valério
encaminhou uma proposta de colaboração no ano passado.
Há
três anos preso na região metropolitana de Belo Horizonte, Valério pegou a
maior pena entre os condenados no histórico julgamento do STF e cumpre 37 anos
de prisão por corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de
dinheiro.