sexta-feira, 2 de setembro de 2016

MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) GILMAR MENDES ACHOU “BIZARRO” SEPARAÇÃO DAS DUAS VOTAÇÕES NO AFASTAMENTO DA EX-PRESIDENTE DILMA ROUSSELFF

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Ministro do STF Gilmar Mendes criticando a separação das duas votações do caso Dilma

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes criticou duramente a decisão do Senado de votar separadamente o impeachment e a manutenção dos direitos da ex-presidente Dilma Rousseff de exercer funções públicas.
Os senadores afastaram Dilma em definitivo, por 61 votos a 20. Numa outra votação, logo em seguida, o plenário decidiu, porém, que a ex-presidente continua tendo direito a ocupar cargos públicos.

Juristas vêm criticando o rito adotado. Afirmam que o político alvo do impeachment, automaticamente, fica impedido de assumir tais funções por oito anos. O processo de afastamento no Senado foi comandado pelo presidente do STF, atualmente, ministro Ricardo Lewandowski.

Gilmar Mendes classificou como “bizarra” a separação das duas votações.

“O que se fez lá foi um DVS (destaque para votação em separado), não em relação à proposição que estava sendo votada, mas em relação à Constituição, o que é, no mínimo, pra ser bastante delicado, bizarro”, opinou o ministro.

“Vejam vocês como isso é ilógico: se as penas são autônomas, o Senado poderia ter aplicado à ex-presidente Dilma Rousseff a pena de inabilitação, mantendo-a no cargo. Não passa na prova dos 9 do jardim de infância do direito constitucional. Do ponto de vista da solução jurídica, parece realmente extravagante”, considerou Mendes.