A Polícia Federal suspeita
que o empresário Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, usava os
codinomes “amigo”, amigo de meu pai” e “amigo de EO [Emílio Odebrecht, pai de
Marcelo]” para se referir ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A afirmação está no relatório de indiciamento do ex-ministro
Antônio Palocci, enviado hoje (24) ao juiz federal Sérgio Moro. De acordo com
os investigadores, os codinomes eram usados por Odebrecht em conversas com
terceiros.
Em um dos trechos do documento, a PF diz que a investigação das
planilhas apreendidas revelou “que os pagamentos no total de R$ 8 milhões foram
debitados do saldo da conta-corrente da propina que correspondia ao agente
identificado pelo codinome de “amigo”.
A PF diz no relatório que há “respaldo probatório e coerência
investigativa em se considerar que o termo “amigo” faz referência à Lula.