Fonte: www.opovo.com.br
Vídeos envolvendo políticos
cearenses em delações dos executivos da JBS foram divulgados pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 19.
Em uns dos depoimentos à
Procuradoria-Geral da República (PGR), Wesley Mendonça cita o nome do
ex-ministro da educação, Cid Gomes (PDT). Segundo ele, ainda em 2010, o então
governador do Ceará teria pedido - por meio do então secretário da Casa Civil
do governo do Ceará, Arialdo Pinho, atual secretário do Turismo do Estado - uma
contribuição para sua campanha de reeleição ao cargo.
"O Joesley concordou em
dar R$ 4,5 milhões". R$ 3,5 milhões da propina foram pagos por notas frias
e R$ 1 milhão via doação oficial, detalha. O objetivo dos empresários era
receber em troca o crédito de incentivo fiscal legítimo, referente à
implantação de uma fábrica do grupo em Cascavel.
Em 2014, Cid ainda teria
procurado os executivos, visando pedir doação para a campanha de Camilo Santana
(PT). Sem sucesso, enviou Arialdo Pinho e o então deputado federal Antonio
Balhmann a São Paulo para pedir a "contribuição" de R$ 20 milhões. Em
troca, o Estado liberaria o crédito. "Preferia receber os R$ 110 milhões
(do crédito) e concordei em pagar a propina", afirma Wesley.
O montante da propina foi
pago da seguinte forma: R$ 9,8 milhões por meio de notas fiscais falsas em nome
de várias empresas e R$ 10,2 milhões via doações oficiais para vários
candidatos, inclusive Camilo, e para o Partido Republicano da Ordem Social
(Pros).
Confira o vídeo que está postado nas páginas do jornal O Povo.