sábado, 20 de maio de 2017

EM DEPOIMENTOS À PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA WESLEY MENDONÇA CITA O NOME DE CID GOMES, ARIALDO PINHO E ANTONIO BALHMANN EM LIBERAÇÃO DE RECURSOS PARA CAMPANHA POLÍTICA ATRAVÉS DE NOTAS FRIAS E DOAÇÕES OFICIAIS

Fonte: www.opovo.com.br
Vídeos envolvendo políticos cearenses em delações dos executivos da JBS foram divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 19.
Em uns dos depoimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR), Wesley Mendonça cita o nome do ex-ministro da educação, Cid Gomes (PDT). Segundo ele, ainda em 2010, o então governador do Ceará teria pedido - por meio do então secretário da Casa Civil do governo do Ceará, Arialdo Pinho, atual secretário do Turismo do Estado - uma contribuição para sua campanha de reeleição ao cargo.
"O Joesley concordou em dar R$ 4,5 milhões". R$ 3,5 milhões da propina foram pagos por notas frias e R$ 1 milhão via doação oficial, detalha. O objetivo dos empresários era receber em troca o crédito de incentivo fiscal legítimo, referente à implantação de uma fábrica do grupo em Cascavel.
Em 2014, Cid ainda teria procurado os executivos, visando pedir doação para a campanha de Camilo Santana (PT). Sem sucesso, enviou Arialdo Pinho e o então deputado federal Antonio Balhmann a São Paulo para pedir a "contribuição" de R$ 20 milhões. Em troca, o Estado liberaria o crédito. "Preferia receber os R$ 110 milhões (do crédito) e concordei em pagar a propina", afirma Wesley.
O montante da propina foi pago da seguinte forma: R$ 9,8 milhões por meio de notas fiscais falsas em nome de várias empresas e R$ 10,2 milhões via doações oficiais para vários candidatos, inclusive Camilo, e para o Partido Republicano da Ordem Social (Pros).  
Confira o vídeo que está postado nas páginas do jornal O Povo.