domingo, 11 de fevereiro de 2018

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) SUSPENDEU DECISÃO DO JUIZ DA COMARCA DE CAMOCIM ANTÔNIO WASHINGTON FROTA E NO LEGISLATIVO VEREADOR MARCOS COELHO HAVIA CRITICADO A DECISÃO DO JUIZ DE PROIBIR OS PAREDÕES

Fonte: jornal Diário do Nordeste

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) suspendeu a decisão do juiz da Comarca de Camocim, Antônio Washington Frota, que proibia o uso de paredões de som durante os festejos de Carnaval.

O despacho, que foi assinado no dia 30 de janeiro em conjunto com o promotor de Justiça, Evânio Matos, os eventos com paredões de som na cidade litorânea serviam para aliciamento de adolescentes para prostituição, consumo e venda de drogas.

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Afirmando que o magistrado e o promotor  pretendiam ‘’avocar para si a função de legisladores’’, vereador de Camocim Marcos Veras Coelho e do advogado Leandro Vasques afirmaram que não se podia condenar a festa de Carnaval em razão de atos isolados.

“Verifica-se que o despacho antecipa juízo de valor sobre os referidos eventos, quando se deveria apurar, processar e julgar casos isolados de crimes que porventura venham ser praticados durante os festejos, ao invés de condená-los como genericamente como atos criminosos, sem investigação e apuração processual, e colocarem-se na condição de legisladores locais”, indicam os peticionantes.

Ainda em defesa da liberação das festas com uso de paredões, o vereador e o advogado afirmaram que a decisão do juíz poderia trazer um dano irreparável, pois geraria um “efeito dominó” e em futuras ações decorrentes de crimes praticados durante o Carnaval de Camocim.


Entendendo que o magistrado e o membro do Ministério Público não tinham poder, devido suas funções, para emitirem o despacho, o conselheiro do CNJ Henrique Ávila suspendeu o despacho do juiz Antônio Washington Frota e solicitou ainda que o mesmo emitisse uma explicação para a decisão em até 15 dias.

Em tempo

Na abertura dos trabalhos legislativos e Camocim, o edil Marcos Coelho (PSDB), em sua fala no plenário Deputado Murilo Aguiar, criticou a postura dos juiz Antônio Washington Frota e do promotor Evânio Matos, que emitiram despacho proibindo o uso de paredões. 

Na oportunidade, Marcos Coelho afirmou, que somente os vereadores eleitos pelo povo é que poderiam apresentar leis, e não o Judiciário.