Em seus últimos dias no cargo,
Michel Temer tem repetido a quem o visita no terceiro andar do Palácio do
Planalto que a cadeira de presidente carrega uma sina.
Ele
lembra que, no posto mais disputado do país, Getúlio Vargas se suicidou, Jânio
Quadros renunciou, Tancredo Neves morreu, José Sarney tornou-se impopular e
Fernando Collor e Dilma Rousseff sofreram impeachment.
Os
amigos do presidente contam que ele nunca achou que seria fácil, mas também não
imaginava que seria tão difícil.
Não é para menos. Em dois anos e
meio, ele atingiu os piores índices de popularidade de um presidente desde a
redemocratização, sofreu três denúncias por irregularidades apresentadas pela
PGR (Procuradoria-Geral da República), enfrentou uma greve de caminhoneiros que
paralisou o país e teve amigos e assessores presos por acusações de corrupção.
“Esses
dois anos e meio não foram fáceis, foram dificílimos”, desabafou na despedida dos funcionários do Palácio do Planalto.
Fonte: folhapress