Informações: Adriana Brandão jornalista da Embrapa
No último dia 23 de outubro, o Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher de Sobral realizou seu primeiro seminário com
o objetivo de discutir propostas que ajudem a enfrentar as violências de que
são vítimas as mulheres no município. Durante o evento, 68 pessoas de diversas
instituições debateram sobre o enfrentamento dessa questão. As proposições
foram compatibilizadas em um documento que será encaminhado ao poder público. “Nós iremos juntar as propostas apresentadas durante as discussões e
enviar para o prefeito, para a vice-prefeita e para a Câmara dos Vereadores
para ver o que o município pode oferecer para melhorarmos o atendimento que
fazemos hoje”, explica a presidente do Conselho,
Teresa Cristina Mendes Carneiro.
Para a responsável pela Ouvidoria Geral
Externa da Defensoria Pública do Ceará, Antônia Araújo, eventos como o
seminário são essenciais tanto do ponto de vista educativo quanto para o
fortalecimento e oxigenação do Conselho. “Nesses
encontros a gente vai aprendendo umas com as outras, bebendo nas experiências
que são colocadas, vai formando essa rede de conhecimentos de como atuar.”
Antônia ministrou palestra sobre a mulher na sociedade em que enfatizou o
apagamento da atuação das mulheres pela narrativa dominante. Apesar das dificuldades, as mulheres
trabalham e constroem a história do país todos os dias”.
O feminicídio foi o tema abordado pela
palestra da representante da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania,
Mulheres e Direitos Humanos do Ceará, Jaqueline Pinheiro. O crime consiste no
assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres e geralmente acontece com
detalhes de crueldade.
Jaqueline afirmou que o Brasil é o quinto pais
do mundo onde o feminicídio é mais cometido e o 4ª na América Latina. O Ceará é
o segundo estado do país, em termos proporcionais, em números de feminicídio,
perdendo apenas para São Paulo.