A escalada do preço do
gás de botijão em meio à crise econômica gerada pela pandemia reacendeu no
Congresso o debate sobre políticas sociais para subsidiar o combustível à
população de baixa renda, que vem apelando a lenha ou carvão para cozinhar suas
refeições.
Em meados de fevereiro, o
preço médio do botijão no país atingiu o maior valor desde que a ANP (Agência
Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) começou a compilar os dados, em
2004. E, mesmo com a isenção de impostos anunciada pelo presidente Jair
Bolsonaro em março, o preço do produto não parou de subir.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14 milhões de
domicílios brasileiros usavam lenha ou carvão para preparar alimentos em 2019,
número equivalente ao do ano anterior e a cerca de 20% do total de domicílios
do país.
Há dois
meses, o preço médio do botijão ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$
81. Na última semana, segundo a ANP, o produto era vendido a R$ 84, alta de 22%.