O ministro Edson Fachin
marcou para o próximo dia 21 o julgamento no plenário virtual do STF (Supremo
Tribunal Federal) sobre a validade da delação premiada do ex-governador Sérgio
Cabral. A decisão de Fachin de submeter o tema à análise dos colegas ocorre um
dia depois de a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, revelar o pedido da Polícia
Federal para que seja instaurado um inquérito para apurar a acusação do
político de que o ministro Dias Toffoli vendeu sentenças quando integrava o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral).
Na delação, o ex-governador
do Rio afirma que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos
fluminenses em processos no TSE. Toffoli foi ministro do TSE de 2012 a 2016,
tendo sido presidente de maio de 2014 a maio de 2016.
Os pagamentos, diz Cabral, teriam sido realizados nos anos de
2014 e 2015 e operacionalizados por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio
de Janeiro. Os repasses, na versão do delator, teriam envolvido o escritório da
mulher de Toffoli, a advogada Roberta Rangel.