O documento de denúncia do MPCE relata que em uma reunião
realizada em 2017, a então delegada da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas,
Patrícia Bezerra, afirma haver um áudio, que foi supostamente captado dentro de
uma operação de sua unidade policial, no qual criminosos planejam aumentar o
número de homicídios no Ceará, na tentativa de trazer prejuízo ao Secretário de
Segurança Pública, no caso André Costa.
O diálogo interceptado
por ligação telefônica, entre o ex-secretário e a delegada revela que os dois
sabiam que o áudio mencionado na reunião não existia, então estavam pensando em
um plano para fazer uma fraude.
Tanto André Costa, como
Patrícia Bezerra negam a tentativa de forjar o áudio. O ex-secretário afirmou
ao MPCE que após Patrícia mencionar o áudio, recebeu a mídia fez uma análise e
não deu crédito ao conteúdo, sendo assim, passou para Camilo Santana seu
parecer.
Já Patrícia Bezerra afirmou que por dever e ofício fez menção ao
áudio na reunião da Área Integrada de Segurança e que após não localizar o
conteúdo, forneceu chips de celular para informantes, na tentativa de captar
algum novo diálogo entre criminosos com o conteúdo ameaçador.