Nesta segunda (29), o
garçom Antônio Charlan Rocha Souza, suspeito de matar o vereador César Araújo
Veras em Camocim, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. O caso
aconteceu no último domingo (28), durante a ação, o garçom também esfaqueou
outras duas pessoas. A decisão saiu após audiência de custódia realizada pelo
5º Núcleo Regional de Custódia e de Inquérito com sede em Sobral.
No auto de prisão em
flagrante, consta que o garçom trabalhava há 13 anos no estabelecimento e
conhecia as três vítimas, no entanto, não tinha desavenças com nenhuma delas. A
faca utilizada no crime pertencia à cozinha do restaurante.
Segundo o suspeito, em depoimento, ele afirmou que enquanto
tomava água, avistou a arma do crime. Depois disso, se dirigiu até as vítimas e
iniciou os esfaqueamentos. Ele também informou que só se lembrou do que havia
feito quando foi parado pelos policiais.
Após a decisão do Ministério Público do Estado (MPCE) que
requereu a conversão da prisão em flagrante para preventiva, a defesa do
garçom, pediu a instauração de um incidente de insanidade mental para o
suspeito.
O juiz Victor Nogueira Pinho, responsável pela manutenção da
prisão do suspeito, destacou que “a manutenção do flagrante em liberdade traz
sérios riscos à ordem pública, ante a ameaça concreta de reiteração delitiva,
revelada a partir do modo em que se desenvolveu o fato criminoso”.
Além disso, o magistrado também ressaltou que, embora o autuado
seja réu primário e portador de bons antecedentes, “não verifico que tal
condição seja suficiente para afastar a medida cautelar da prisão preventiva”.